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O convívio em família e na empresa

  • Paulo Barros
  • 19 de fev. de 2020
  • 2 min de leitura

Muitas vezes nos perguntamos: Como o negócio daquela família não foi para a frente? O que aconteceu? Eles convivem tão bem!?!

A pergunta é: será mesmo?

Em minhas andanças e conversas no ambiente empresarial familiar, pude notar que nem sempre as aparências são o que são.

Há muitos casos de um convívio familiar ótimo e um convívio não tão bom nos negócios. Por outro lado, raramente pude observar um negócio familiar prosperar sem um convívio bom no aspecto familiar.

E o que significa esse convívio bom? Significa um convívio de respeito, onde todos entendem a sua posição naquele momento pessoal e saibam separar isso do ambiente da empresa.

Ora, isso não quer dizer em hipótese alguma que não haja divergências, pequenas discussões. Isso acontece no ambiente corporativo também. Ou nunca temos de frequentar festas, jantares, happy hours com nossos colegas de trabalho, chefes, etc? Temos de nos comportar de forma serena, ou poderá haver consequências no ambiente de trabalho.

A diferença é que no Mundo Corporativo, se a pessoa entende que aquele colega está em uma posição que poderia ser sua, ou que o chefe não tem dado o devido mérito ao seu trabalho, isso tende a ser tratado de forma mais lenta, mais ponderada. Na empresa familiar não. Aliás muito pelo contrário, essas questões podem vir à tona em um almoço de Domingo, em uma festa de aniversário e geralmente em discussões acaloradas.

Sem o comprometimento de todos da família envolvidos no negócio, é muito difícil de contornar e evitar as discussões, o que leva, com o tempo, ao fim da empresa familiar, com separação dos sócios e venda dos ativos. Cada um fica com uma parte pequena e tenta levar sua vida independentemente. Nesse caso, se o montante dividido parece ser algo bom no início e gera aquela idéia de que “agora cada um terá seu próprio capital e poderemos conviver em família sem ter de falar de negócios”, com o passar do tempo isso tende a não acontecer. Uns terão mais sucesso que outros. Outros começarão a reclamar que foram prejudicados na divisão e que houve preferência por parte do fundador.

Entretanto, quando há um acordo que envolva todos os envolvidos, uma separação do ambiente da empresa do ambiente da família, uma clara definição de como o negócio será gerido e como será a remuneração dos envolvidos, enfim...um pacto familiar que coloque todos na mesma página.....esse é o ambiente onde o negócio familiar prospera. E a união de esforços, a união de valores, a união de ativos, gera maior riqueza.

Mas para fazermos isso, é necessária uma série de mecanismos, que pautem e regulamentem a sucessão familiar, desde a parte estatutária até a gestão de conflitos internos. Ao final a empresa familiar passa a ter uma regulamentação próxima à das empresas corporativas e, com isso, pode caminhar independentemente da família, que, por outro lado, tende a conviver com mais harmonia também.

Passamos por um momento histórico onde a sociedade precisa das famílias, unidas, se apoiando entre si promovendo crescimento de riquezas e transmissão de valores. Buscar essa união familiar pessoal e profissional é um grande desafio, mas é algo que as próximas gerações precisam que façamos.

 
 
 

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